terça-feira, março 01, 2005

Eu Sou um provinciano!

"O presidente da Câmara de Matosinhos confessa-se "irritado e triste" com o "tom paroquial" com que se têm debatido as questões relacionadas com a implementação do projecto do metro no distrito. "É confrangedor falar-se na estrutura que aguenta o metro na Avenida da Boavista e não se falar, por exemplo, na Avenida da República e na Calouste Gulbenkian, em Matosinhos, na Avenida da República, em Gaia, ou no centro da Maia", critica Narciso, lamentando o "discurso centrista, semelhante ao que se ouvia há 30 anos".

O autarca considerou que o debate está deslocado no tempo, porque a escolha do tipo de veículo está feita há uma década, e foi ela que condicionou toda a sua inserção no meio urbano e suburbano, explicou, antes de criticar o "provincianismo" e a visão "paroquial" de quem procura impedir a solução, apresentada pela Metro, para descongestionar o "gargalo" do troço Senhora da Hora-Trindade, olhando apenas para os efeitos desta na Boavista e ignorando o seu impacte em concelhos vizinhos - Matosinhos, no caso - e na área metropolitana. "Não podemos aceitar ser subordinados do Porto, nem entrar nesta discussão em que o Porto é tudo", atirou.


Peço desculpa, mas sou provinciano. Estou mais preocupado com o que vão fazer na avenida que eu frequento diariamente e onde vivi durante 27 anos, do que com uma rua Calouste Gulbenkian em Matosinhos que eu não conheço, ou com o centro da Maia (que visitei umas duas vezes em toda a minha vida) ou Gaia (que até conheço razoavelmente dos meus tempos de estafeta de uma empresa dessa cidade).

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