Os seis mil metros cúbicos de esgotos que o rio Tinto recebe, por dia, mercê da desactivação de um colector na Circunvalação, acabam no Douro, junto à marina do Freixo, construída na confluência daquele afluente e do rio Torto, no Porto. E foi para os utilizadores da marina que o biólogo Bordalo e Sá deixou o alerta de riscos de saúde pública. O professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, considerando que o Douro não servia, sequer, para lavar os barcos, atracados nos 70 lugares disponíveis, tal é o nível de coliformes fecais. O Sport Clube do Porto, concessionário da marina, desvalorizou os avisos. O Instituto Portuário e de Desportos Náuticos, entidade que financiou a obra, também. Ambos reconheceram, no entanto, que o estuário do Douro está poluído, embora argumentassem que uma "marina não é para as pessoas se banharem".
No JN
Sem comentários:
Enviar um comentário