A entrevista de Costinha à revista Sábado é reveladora do peso que as claques têm nos clubes e, particularmente, no FC Porto. Já para não falar da promiscuidade entre esses e as direcções.
"Não admito que um grupo de adeptos venha criticar e enxovalhar, com faixas provocatórias, um atleta que deu ao clube aquilo que Derlei deu. E mais espantados ficámos quando ninguém do FCP tomou uma atitude. Pelo contrário, essa gente, depois de insultar os jogadores, entrava nas instalações do clube cm um livre-trânsito e ninguém fazia qualquer reparo. E mais: de dia ameaçavam os jogadores e à noite jantavam com dirigentes do FCP. O que pensa um grupo quando sabe que quem o insulta e ameaça janta com dirigentes do clube?"
"O presidente dos Super Dragões diz-se profissional de claque e, pelo que aparenta, tem uma profissão rentável. Muitos jogadores do FC Porto não ganham para comprar Porsches e ele tem um."
"Fui ameaçado, mas como tenho um grande amigo na cidade do Porto o caso teve um fim pacífico"
"O Raul Meireles, que teve o azar de fazer um auto-golo foi mesmo agredido fisicamente, com uma garrafa"
"Alguns jogadores não conseguiam jogar por medo. Estamos a falar de ameaças vindas de grupos organizados. (...) houve quem ficasse em pânico por falhar um passe ou uma jogada."
O que tem o FCP a dizer sobre isto? E, já agora, o Fisco não quer investigar como o presidente dos Super Dragões tem dinheiro para o Porsche? Terá nascido num berço de ouro como o Isaltino?
Agora, um pequeno conselho a Costinha: cuidado, muito cuidado quando tiver de ir ao Porto... Admiro a coragem dele!
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