Se já não bastava quererem voltar a referendar algo que foi rejeitado há poucos anos num referendo, comunistas querem ser eles a tomar a decisão e deixar para 2º plano os portugueses.
"No quadro da nova Assembleia da República, com a nova relação de forças, tendo em conta que existem três partidos que se mostraram disponíveis, não se entende que um partido que se diz mais radical que ninguém, atire com a arma do referendo sabendo que a AR tem condições para alterar a lei", disse Jerónimo de Sousa.
"Tendo em conta o resultado eleitoral, o sentimento de mudança manifestado pelo eleitorado, dando mais votos à esquerda, o PS faria bem tê-lo em conta", afirmou antes de prometer "larga margem para negociação".
O futuro Governo PS pretende obter a vitória do "sim" - "Queremos fazer um referendo para o ganharmos", afirmou -, mas a hipótese de o realizar em Junho ou no início de Julho (a marcação do referendo está condicionada pelas eleições autárquicas e pelas presidenciais) parece não agradar aos socialistas. Isto porque, argumentou Sócrates: "Não me parece bem fazê-lo num mês de Verão, quando muitas pessoas estão de férias." De qualquer forma, acrescentou, o PS vai "deixar isso em aberto".
No Público, sobre o referendo ao Aborto
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