Mas o que é que a Praça D. Pedro tem a ver com a "A Foz há 70 anos"? Naquela época, a Foz era uma freguesia piscatória e ainda não pertencia ao Porto. Em 1866, o ponto de encontro era, então, a Praça D. Pedro. Em dias de calor, o programa preferido dos portuenses era mesmo ir a banhos à Foz.
Como dizia Artur Magalhães Basto, "muitas famílias que saíam do Porto, de madrugada, nos carroções vinham tomar banho à Foz e regressavam a casa ainda antes do meio dia"
O Guia Histórico do Porto de 1864 diz que "se pode ir da cidade à Foz ou embarcado, por módico preço, ou por terra, ao longo do rio, por um boa estrada, ou antes agradável e variadissimo passeio".
Então quais eram os "meios de transporte" existentes na época? O cavalo, o burro!, caleche ou então de carroção (que era puxado por uma junta de bois...).
Os eléctricos, ou melhor, os americanos só surgiram uns anos mais tarde, lá para 1872.
No mesmo livro ficamos a saber que "andar a cavalo era a grande moda daquele tempo no Porto." E que para dar nas vistas bastava alugar um cavalo e obrigá-lo a "encaracolar-se e a ferir lume nas pedras da calçada". Talvez por esses excessos... a Câmara decidiu "aprovar Posturas contra o excesso de velocidade dos cavaleiros: 2.500 reis de multa"
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