Voltemos ao tema “Da Praça Nova à Foz” em plena segunda metade do século XIX. Anteriormente já tinha descrito a antiga Praça Nova e a sua importância como ponto de encontro para os portuenses. Na época, a Boavista, Ramalde ou a Foz ficavam fora da cidade. De tal forma que ainda hoje ouvimos algumas pessoas referirem-se à Baixa como o “Porto”.
Pois então, os portuenses dessa época e tal como os habitantes do Grande Porto de hoje, viam um passeio até à Foz como um bom programa num dia de calor! A diferença de então para os dias de hoje começava no meio de transporte. Enquanto que agora se utiliza o automóvel e se demora uma eternidade nas filas de trânsito para chegar à Foz, vindo de Gondomar, Valongo ou Maia, em 1866 os portuenses demoravam também uma eternidade desde a Praça Nova até à Foz nos seus carroções, seges, caleches ou, mesmo, de “burrico”! Recorrendo ao “A Foz há 70 anos”, “…os burricos eram um dos meios de locomoção de que mais usavam as pessoas que todas as manhãs, no verão, vinham do Porto tomar banho ao mar.”
O passeio da Praça até à Foz fazia-se ao longo do rio Douro, passando pelo Cais das Pedras, Massarelos, Cantareira até chegar à Alameda, actual Passeio Alegre mas que, nessa altura, ainda era um enorme descampado.
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