Depois da entrevista ao 1º de Janeiro, Paulo Morais foi à rádio Festival dizer o mesmo: há forte corrupção no urbanismo da maioria das cidades de Portugal. O JN fez um artigo com as principais afirmações do ex-vereador de urbanismo do Porto:
Voltando à corrupção, o ex-autarca afirmou que há muitas influências das "estruturas do poder" nos pelouros do Urbanismo de todo o país. E insistiu que os promotores imobiliários "financiam as campanhas dos partidos e também a vida privada de alguns políticos que dependem disso para sobreviver". Favores que acabam por ser pagos com pressões ilegítimas.
"Quem está neste lugar tem de ter o máximo cuidado para que nada se aprove sem cumprir as regras de planeamento", avisou, salientando que existe uma "aliança perversa" que assenta num tripé de promotores imobiliários, arquitectos e escritórios de advogados. Os promotores financiam os partidos, os arquitectos dão nome a projectos que são "perfeitas aberrações" e os advogados "formatam juridicamente todo o processo", explicou.
"Não é por acaso que as casas no Porto são tão caras, não é por acaso que se constrói em locais que não eram para construir", acrescentou Morais, ciente de que "não há uma solução única para o problema". A resolução pode, contudo, estar na "simplificação da legislação do urbanismo", afirmou, desafiando o Governo e o Parlamento a simplificar a legislação.
Depois de todas estas acusações vai ficar tudo na mesma? A única coisa que eu acho que vai acontecer é a travessia do deserto durante muitos anos por parte de Paulo Morais... o que é uma pena.
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